Adoro ir para o sul nesta altura do ano, porque me delicio a ter por companhia os campos cheios de vida e cor, as planícies interrompidas por algumas oliveiras, ou casebres abandonados, e isso faz-me sempre pensar que todos aqueles momentos mereciam ser captados para a posteridade. Mas, “a bem dizer”, quando se circula a uma velocidade superior a 120 km/h todas as fotografias que se vão tirando, ou ficam desfocadas, ou não são disparadas a tempo de captar o que nos cativou.
Saí de Lisboa de baixo de um sol abrasador, o termómetro do carro marcava 30º, e eu só pensava em chegar a Albufeira, e vegetar numa espreguiçadeira da piscina do hotel.
Mas à medida que avançava no caminho, o termómetro do carro também avançava... o pior é que avançavam ambos em sentido decrescente, ou seja, quanto mais perto, menos calor estava, e mais carregado estava o céu. E, assim que entrei em Albufeira, começou a chover copiosamente.
Sempre que pernoito em Albufeira a trabalho costumo ficar no Hotel Vila Galé Cerro Alagoa, que fica junto ao Tribunal, por isso, foi-me fácil localizar o hotel.
O Hotel é feio por fora, e a sua arquitectura não nos augura nada de bom... E, para ajudar à festa, assim que entrei na recepção do hotel, dei de imediato com os típicos turistas desta época, ou seja, turistas seniores, com ar de ingleses ou alemães, de calções, peúgas brancas e sandálias.
Perguntam-me se isto é uma boa imagem? E eu respondo: nops!
Perguntam-me se isto é uma boa imagem? E eu respondo: nops!
Cedi ao capricho, e pedi um quarto com vista para o mar, mas sinceramente já sabia o que me esperava.
O hotel fica bastante longe da praia, por isso, a vista para o mar é feita por entre os vários edifícios que separam o hotel da costa, e mesmo assim, só se vê lá muito ao fundo, sem se perceber bem se contemplamos o mar, ou apenas uma diferente tonalidade de céu.
Por isso, a vista privilegiada da minha varanda acabou por ser para a piscina... e meus caros, para uma pessoa que tem pavor de pássaros, ter uma vista privilegiada para uma piscina apinhada de gaivotas, não é simpático.
Por isso, e para não correr o risco de alguma gaivota assassina invadir o meu espaço, desisti de ler um livro na varanda - que apesar da chuva estava protegida da pequena intempérie - e pensei o que é que havia de fazer, até à noite... uma vez que apenas eram 17h30.
Por isso, e para não correr o risco de alguma gaivota assassina invadir o meu espaço, desisti de ler um livro na varanda - que apesar da chuva estava protegida da pequena intempérie - e pensei o que é que havia de fazer, até à noite... uma vez que apenas eram 17h30.
Recolhi ao quarto,
O quarto é amplo, comportando perfeitamente uma boa cama de casal, e uma mesa ladeada de dois cadeirões de pele castanha.
Quem pensa que vai encontrar um típico quarto de hotel de praia, desengane-se, no Vila Galé Cerro Alagoa, os quartos fogem aos tradicionais azuis e brancos muito típicos do Algarve (e eu agradeço isso), e transportam-nos para uma decoração em tons terra que eu aprecio bastante, porque me transmitem um prolongamento da minha casa, e isso é reconfortante.
Acabei por sair e dar uma volta pelas redondezas, mas a chuva não me deixou ir muito longe.
Regressei ao quarto, e posso confidenciar-vos que tive um fim de tarde e noite muito agradáveis... senti-me completamente relaxada naquele quarto de hotel, o que é muito reconfortante quando se está fora do nosso “habitat natural”.
Pedi room service, que tem uma boa relação qualidade/preço.
É sem dúvida um hotel a repetir, sempre que tiver andanças jurídicas pelo Reino dos Algarves, mais concretamente por Albufeira.
Classificação: Satisfaz bem.
Vantagens: conforto dos quartos e localização perto do Tribunal.
Inconveniente: localização longe da praia e turismo "da meia branca".
Vantagens: conforto dos quartos e localização perto do Tribunal.
Inconveniente: localização longe da praia e turismo "da meia branca".