quinta-feira, 26 de maio de 2011

Hotel Vila Galé Cerro Alagoa - Albufeira


Numa tarde de domingo soalheiro rumei ao sul...

Adoro ir para o sul nesta altura do ano, porque me delicio a ter por companhia os campos cheios de vida e cor, as planícies interrompidas por algumas oliveiras, ou casebres abandonados, e isso faz-me sempre pensar que todos aqueles momentos mereciam ser captados para a posteridade. Mas, “a bem dizer”, quando se circula a uma velocidade superior a 120 km/h todas as fotografias que se vão tirando, ou ficam desfocadas, ou não são disparadas a tempo de captar o que nos cativou.

Saí de Lisboa de baixo de um sol abrasador, o termómetro do carro marcava 30º, e eu só pensava em chegar a Albufeira, e vegetar numa espreguiçadeira da piscina do hotel.

Mas à medida que avançava no caminho, o termómetro do carro também avançava... o pior é que avançavam ambos em sentido decrescente, ou seja, quanto mais perto, menos calor estava, e mais carregado estava o céu. E, assim que entrei em Albufeira, começou a chover copiosamente.

Sempre que pernoito em Albufeira a trabalho costumo ficar no Hotel Vila Galé Cerro Alagoa, que fica junto ao Tribunal, por isso, foi-me fácil localizar o hotel.

O Hotel é feio por fora, e a sua arquitectura não nos augura nada de bom... E, para ajudar à festa, assim que entrei na recepção do hotel, dei de imediato com os típicos turistas desta época, ou seja, turistas seniores, com ar de ingleses ou alemães, de calções, peúgas brancas e sandálias.
Perguntam-me se isto é uma boa imagem? E eu respondo: nops!


Cedi ao capricho, e pedi um quarto com vista para o mar, mas sinceramente já sabia o que me esperava.

O hotel fica bastante longe da praia, por isso, a vista para o mar é feita por entre os vários edifícios que separam o hotel da costa, e mesmo assim, só se vê lá muito ao fundo, sem se perceber bem se contemplamos o mar, ou apenas uma diferente tonalidade de céu.

Por isso, a vista privilegiada da minha varanda acabou por ser para a piscina... e meus caros, para uma pessoa que tem pavor de pássaros, ter uma vista privilegiada para uma piscina apinhada de gaivotas, não é simpático.
Por isso, e para não correr o risco de alguma gaivota assassina invadir o meu espaço, desisti de ler um livro na varanda - que apesar da chuva estava protegida da pequena intempérie - e pensei o que é que havia de fazer, até à noite... uma vez que apenas eram 17h30.


Recolhi ao quarto,

O quarto é amplo, comportando perfeitamente uma boa cama de casal, e uma mesa ladeada de dois cadeirões de pele castanha.

Quem pensa que vai encontrar um típico quarto de hotel de praia, desengane-se, no Vila Galé Cerro Alagoa, os quartos fogem aos tradicionais azuis e brancos muito típicos do Algarve (e eu agradeço isso), e transportam-nos para uma decoração em tons terra que eu aprecio bastante, porque me transmitem um prolongamento da minha casa, e isso é reconfortante.

Acabei por sair e dar uma volta pelas redondezas, mas a chuva não me deixou ir muito longe.

Regressei ao quarto, e posso confidenciar-vos que tive um fim de tarde e noite muito agradáveis... senti-me completamente relaxada naquele quarto de hotel, o que é muito reconfortante quando se está fora do nosso “habitat natural”.

Pedi room service, que tem uma boa relação qualidade/preço.

É sem dúvida um hotel a repetir, sempre que tiver andanças jurídicas pelo Reino dos Algarves, mais concretamente por Albufeira.


Classificação: Satisfaz bem.
Vantagens: conforto dos quartos e localização perto do Tribunal.
Inconveniente: localização longe da praia e turismo "da meia branca".

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

O "100 noção" ainda respira :)



Porque o "100 noção" ainda mexe, começo por dedicar umas palavras:
1. aos pessimistas: não, ainda não fui despedida, e continuo a viagem pelo país;
2. aos preocupados: as viagens continuam, mas a inspiração tem sido pouca;
3. aos masoquistas: depois de um longo período de ausência, este blog vai renascer.
Desde Abril de 2010, até agora, pernoitei em muitos hotéis deste nosso Portugal, contudo, a inspiração e o tempo não me têm levado pelos caminhos das "postagens" positivas/negativas da minha vasta experiência de hóspede por uma noite.
Iniciarei um novo ciclo de "postagens" deixando para trás alguns hotéis que conheci nestes 10 meses de interregno, com a esperança de poder voltar a visitar alguns deles.

CDP

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Hotel Turismo S. Mamede Congress and Spa – Portalegre


Por razões que a própria razão desconhece, o escritório não tem muitas deslocações para o Alentejo... estando eu ligada ao direito do trabalho, faz-me pensar que a época da “Catarina Eufémia” já foi esquecida nas planícies Alentejanas ;)
Bem, a minha falta de conhecimento por estadias (de curta duração) no Alto Alentejo, fez-me recorrer à velha moda da sondagem entre amigos, e foi-me recomendado o hotel D. João II.
Lá recorri ao Sr. Google, e descobri, depois de uma breve chamada telefónica que o Hotel D. João II, central na cidade de Portalegre, tinha fechado, mas pelo que percebi, os mesmos donos tinham aberto o Hotel Turismo S. Mamede Congress and Spa, e reservei a noite aí.
Lá parti à procura Hotel Turismo S. Mamede Congress and Spa, com a indicação que ficava na zona industrial de Portalegre, não muito longe do Modelo (passo a publicidade), mas que o GPS não o conseguia localizar (e isso nunca me augurava nada de bom). Segui as indicações todas, perdi-me na zona industrial, mas finalmente encontrei o Hotel.
Quando entramos no hotel, ficamos num open space, com a recepção no lado direito, o bar e a sala de pequenos-almoços no lado esquerdo, e ao fundo, logo a seguir a uma enorme parede de vidros, a piscina.
Os corredores do hotel têm uma decoração minimalista, moderna e acolhedora, onde as portas dos quartos são ladeadas por fotografias em cor sépia, que retratam vários motivos sem ligação entre si, como chaparros, touros, igrejas, e chaminés de antigas fábricas.
Os quartos têm uma área bastante agradável, pintados no tom verde azeitona muito relaxante, uma cabeceira de cama riscada (que dá uma certa graça ao quarto), uma consola com um LCD, dois cadeirões em acrílico transparente, e duas fotografias iguais às que nos tinham acompanhado no caminho até lá... confesso que é um bocado estranho, ter um touro a olhar para nós durante toda a noite, mas de todas as vezes que lá fiquei, tive sempre noites muito relaxantes ;)
A cereja no topo do bolo, é acordar no dia seguinte, abrir a janela, ver o quarto ser inundado pelo magnífico sol de Inverno, enquanto contemplamos a soberba vista sobre a piscina, e para os campos sarapintados de chaparros...
A última vez que estive no hotel, em Fevereiro, o restaurante ainda não estava em funcionamento, por isso, não sei opinar sobre a qualidade do serviço oferecido, mas espero que contemplem a cozinha Alentejana.
Não tive oportunidade de experimentar o SPA, mas pode ser que o faça numa próxima estadia.

Classificação: Satisfaz mais
Vantagens: relação qualidade/preço.
Inconveniente: falta de sinalização, e (à data) inexistência de restaurante.

Hotel Dighton


Porque é que uma mulher não deve confiar num homem? Porque há homens que nos recomendam o Hotel Digthon, em Oliveira de Azeméis.
Porque é que uma mulher deve confiar num homem? Porque o Hotel Dighton em Oliveira de Azeméis é a 2 minutos, a pé, do Tribunal.
Já fiquei duas vezes no
Hotel Dighton, e não consigo mudar de opinião em relação ao mesmo.
O lobby tem uma decoração pesada, com candeeiros em forma de estátua, a ladear uma enorme escadaria que ocupa um espaço que o lobby não tem - sem o mínimo interesse ou glamour -, as paredes são escuras - não sei se gastas pelo tempo, ou apenas por uma má escolha do decorador -, os sofás são grandes e feios... Ou seja, de uma maneira geral, as cores escuras, os móveis sombrios, e o abuso de apontamentos dourados revestem este lobby de forma deprimente.
Como já tinha ficado no hotel, e como me tinha decepcionado bastante, pedi para ficar num quarto da “Ala Executiva”, para ver o que me esperava, mas o Sr. simpaticamente me informou que era mais caro, mas como lhe disse que o valor não importava o Sr. informou-me que “com este tempo estes quartos não são recomendáveis, fica mais bem instalada num quarto normal”. Sou só eu a achar que isto é estranhíssimo? Sou só eu a achar que estes quartos não existem?
Lá fui para o quarto onde “ficaria mais bem instalada”. Confesso que não foi surpresa nenhuma, porque já lá tinha estado, mas tudo o que disse sobre a decoração do hotel de Leiria (Eurosol), dou como reproduzido aqui, com a diferença que este quarto não tem dimensões pini-pónicas, tem uma dimensão bastante aceitável. Mas a decoração é feia, má, e deprimente. A cereja no topo do bolo, é a antiga televisão, apenas com os quatro canais generalistas.
Pensei em abrir as cortinas para ver a vista, e dou de caras com uma vista para um quintal selvagem, onde habitava um cão preso com uma enorme trela, onde as ervas tinham tomado conta de tudo, onde as árvores estavam tombadas, mas onde se sentia que existia vida nas casas que ladeavam esse quintal (uma vez que existia uma enorme corda com roupa a secar). Isto é bonito de se ver? Decididamente, NÃO!
A casa de banho? É num tom rosa velho, que me deixa agoniada.
O serviço de quartos é bom, talvez por ser fornecido pelo restaurante “D. Gomado” (restaurante do hotel).

Classificação: Satisfaz muito pouco
Vantagens: restaurante “D. Gomado”, localização perto do Tribunal.
Inconveniente: a decoração.

Hotel Veneza - Aveiro


Depois de um – não desejável – período de ausência, regresso ao meu “100 noção” para vos falar de mais hotéis.

Neste intervalo de tempo, viajei muito pelo nosso Portugal, onde várias vezes repeti a estadia em hotéis nos quais já tinha tido a oportunidade de pernoitar e de vos relatar a experiência. E o Hotel Veneza, em Aveiro, é um desses casos.

O leitor mais atento, neste preciso momento está a pensar que eu enlouqueci... mas vou dar-vos um desgosto, ainda não foi desta ;)

O
Hotel Veneza é o “meu tão querido” Hotel Mercure de Aveiro.

Depois de um interregno por terras que muitos apelidam de “Veneza portuguesa” (designação esta que, salvo sempre o devido respeito, impugno, não só por conhecer Veneza, mas principalmente por conhecer Aveiro), tentei reservar quarto no Hotel Mercure, mas do outro lado do telefone, fui informada que o hotel tinha mudado de nome, e agora chama-se Hotel Veneza.

Não vos posso dizer muito sobre o novo Hotel Veneza. Apenas posso adiantar que, quando lá estive o hotel estava em obras, estando um dos pisos completamente vedado ao público, e no piso onde fiquei instalada decorriam obras em alguns quartos.

Desta vez fiquei num quarto de casal, com uma excelente área, mas ainda com decoração “à Mercure”.

Pelo que me foi dito, o conceito acolhedor do hotel será mantido, apenas serão feitas obras de melhoramento nos quartos, e de restauro na fachada e varandas... aguardemos pela conclusão das obras.


Classificação: Satisfaz

Vantagens: relação qualidade/preço.

Inconveniente: obras e inexistência de restaurante.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Hotel Grão Vasco

Indo eu, indo eu, a caminho de Viseu… (não encontrei o meu o amor porque estava um nevoeiro cerrado, só pode ;)).

Na passada 4.ª feira, andava eu em tour por terras Invictas, tive que me pôr a caminho de Viseu… O Hotel escolhido, tinha de ser o tradicional “Grão Vasco”.

O Hotel Grão Vasco, é o típico hotel do interior profundo, ou seja, quanto mais motivos florais, mobiliário estilo D. Maria, e alcatifas escuras, melhor.

É certo que abomino este tipo de decoração, mas ao contrário do que podem pensar, acho que tem tudo a ver com o Hotel, e fica muito bem conseguida num hotel feito de pedra, instalado numa cidade como Viseu.

No lobby estava um funcionário que passados 10 minutos de eu chegar, carregada de malas, desligou o telefone e resolveu sentar-se à secretária, ignorando olimpicamente a minha presença… Lá tive de utilizar a típica expressão “oh xaz xavor” (uma vez que estamos em Viseu, o “x” é muito utilizado em todas as palavras), e só assim é que o Sr. percebeu que uma pessoa carregada de malas, que tinha acabado de estacionar o carro na porta do hotel, pretendia alguma coisa. Lá preencheu a ficha de hóspede, e quando me dá o cartão, fez questão de explicar “oh menina, este cartão faz de xave, tem de o inxerir na porta, e axim é que xe abre, tá bem?”. Fiz que sim com a cabeça, porque me pareceu o mais apropriado.

Como em tantos outros hotéis, o elevador, é um elevador feito para “palitos de la reine”, e não para pessoas que levam um trolley, uma pasta, uma mala, um porta fatos…

Para chegar ao quarto tive de percorrer um grande corredor decorado com os tais móveis de estilo D. Maria, que parecem retirados de uma Sacristia.

O quarto era grande, decorado com os tais motivos florais, carregadíssimos, mas não deixou de ser confortável, também devido ao cansaço é à viagem terrível que fiz entre o Porto e Viseu (apanhei a pior chuvada de sempre, aliada a um nevoeiro que não me deixava ver absolutamente nada à frente).

Optei por pedir room service, e jantei no quarto, por um preço irrisório de €9,00 (o room service mais barato do universo).

No dia seguinte, abri a persiana (sei que é inestético, mas dá bastante jeito), e tinha uma vista privilegiada sobre o jardim, a pequena piscina, e parte de uma rua… e só aí é que me apercebi o quão perto o Natal está. As folhas a forrarem o chão, as decorações de Natal, as pessoas a passearem na rua todas agasalhadas. É verdade, para mim o Natal só chegou em Viseu.
Tomei o pequeno almoço na sala de refeições, na qual está uma imponente lareira, e um quadro que me deixou intrigada. Na parede do fundo da sala de refeições está uma "ultima ceia" de grande dimensão, mas em que um dos apóstolos está ao colo de Jesus Cristo... alguém sabe porquê?

O preço foi bastante razoável, a rondar os €70,00, com jantar incluído.

Classificação: Satisfaz
Vantagens: localização (mesmo em frente do Tribunal), room service e preço.
Inconveniente: não ter garagem subterrânea.

Hotel Mercure - Figueira da Foz


Acordar, abrir a janela, e ter como vista um enorme areal e um mar imenso, deixa-nos revigorados, e faz-nos esquecer que na noite anterior percorremos a A5, a A9, a A8, a A17 e a A14, debaixo de chuva intensa, para chegarmos à Figueira da Foz.

O Hotel escolhido, por recomendação, foi o Hotel Mercure da Figueira da Foz (antigo Grande Hotel da Figueira).

Como já tive oportunidade de escrever, tenho uma grande afinidade com o Hotel Mercure de Aveiro, mas foi na Figueira da Foz que me tornei repetente nesta cadeia de hotéis.

O Mercure da Figueira, até pela sua localização, é muito superior, em termos de dimensão, que o pequenino Mercure de Aveiro. Mas desengane-se o leitor mais céptico que pensa que um grande hotel não pode dar aos seus hóspedes o sentimento de conforto, e prolongamento da nossa casa, que tanto aprecio.

O lobby do Mercure da Figueira é um excelente cartão-de-visita, tem uma decoração muito alegre, com umas pinturas naifs que nos dão a sensação de que estamos numa zona de calor, praia, e descanso, mesmo quando lá fora está uma tempestade infernal.

Como costumo fazer neste hotéis, cedo a um pequeno capricho, e instalo-me nos quartos com vista para o mar, e foi isso que fiz.

Se é certo que no dia que cheguei já era noite, e chovia copiosamente lá fora, o que nem dava para ir à varanda do quarto, não menos certo é que, no dia seguinte, quando acordei, estava um daqueles dias de sol, que nos avisa que a qualquer momento vai cair uma valente carga de água, e o mar está em plena revolução. Mas é uma vista que, apenas pouco privilegiados têm direito, e por isso, gosto de a guardar (com fotografias) e recordar.

O quarto do Mercure da Figueira, tem uma dimensão muito semelhante ao de Aveiro, mas a decoração, apesar de manter os tons castanhos, é composta de elementos mais nobres, e é um quarto mais bem composto, que a mim me transmite, sem dúvida, a sensação de prolongamento da minha casa.

Jantei no quarto, a um preço razoável, mas tomei o pequeno-almoço na sala de refeições, que tal como o meu quarto tem uma vista privilegiada sobre a praia, mas como é um piso térreo não dá para contemplar o extenso areal da Figueira, nem a revolução do mar.

Na hora de pagar, foi um preço muito aceitável, e inferior a muitos hotéis de província que primam pela decoração carregada, e pouco convidativa.
E por tudo isto (e para concluir o julgamento), voltei na semana seguinte!

Classificação: satisfaz bem
Vantagens: o conforto, e a relação qualidade/preço;
Inconveniente: não tem garagem subterrânea.